Gripe A: Suécia investiga morte 12 horas após vacinação
Ontem
A agência sueca do medicamento está a investigar a morte de um homem doze horas depois de ser vacinado contra o vírus da gripe A (H1N1), apesar de até agora não ter sido estabelecida uma relação causa-efeito.
Num primeiro relatório publicado no seu site na Internet sobre as reacções adversas da vacina Pandemrix (GSK) registadas na Suécia, a agência do medicamento refere cerca de 100 casos, dos quais seis avaliados como graves, um dos quais resultou numa morte.
O homem padecia de aterosclerose grave, o que lhe provocava sérios problemas no funcionamento dos órgãos. A vítima sofreu uma dor de peito antes de morrer.
A autópsia revelou que o homem tinha aterosclerose generalizada, incluindo nas artérias coronárias, e sinais de vários enfartes do miocárdio sofridos anteriormente.
O caso está a ser investigado, mas de acordo com as informações recolhidas até agora pela agência sueca não há uma associação entre a vacinação e a causa de morte.
Esta entidade conclui que, em geral, os idosos e os doentes com factores de risco têm um risco acrescido de desenvolver complicações da sua doença, o que pode ser ocasionalmente associado à vacinação, sem que haja uma relação de causalidade provada.
Os restantes cinco casos relatados, em que a ligação com a vacina é considerada possível ou provável, prendem-se com sintomas como tonturas e comichões, pressão no peito, dificuldades respiratórias e inchaço na face ou nos pés.
Todos estes doentes tiveram tratamento no hospital com cortisona e ou adrenalina e anti-histamínicos.
Na Suécia foram distribuídas mais de 500 mil doses, mas ainda não foram contabilizadas as que foram administradas desde que começou a campanha de vacinação, a 16 de Outubro.
Os primeiros grupos a serem vacinados são os profissionais de saúde, idosos (que não estão incluídos nos grupos prioritários de vacinação em Portugal), doentes crónicos e mulheres grávidas.
Contactado pela Lusa, o porta-voz da autoridade nacional do medicamento portuguesa, Carlos Pires, adiantou que a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) já informou o Infarmed da morte do homem, adiantando que não há uma relação de causalidade com a vacina.
Por seu turno, a directora de comunicação da Glaxo SmithKline, que produz a vacina Pandemrix, confirmou à Lusa este caso, sublinhando que o laboratório, em colaboração com as autoridades de saúde suecas, está a "monotorizar toda a evolução da vacinação".
A vacina Pandermix vai começar a ser administrada em Portugal na segunda-feira, sendo os grupos prioritários os profissionais de saúde, profissionais que desempenham funções essenciais ao normal funcionamento da sociedade e grávidas do segundo e terceiro trimestres de gestação com patologia.
Portugal encomendou seis milhões de doses de vacinas para administrar a três milhões de pessoas, que receberão duas doses cada. Esta encomenda custou ao Estado português 45 milhões de euros.
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