Hubble flagra estrela sendo "expulsa de casa" a 400 mil km/h
Imagem gerada pelo telescópio Hubble (no detalhe) mostra a "fuga" de uma estrela a 400 mil km/h
Foto: ESA/Nasa/J. Walsh (ST-ECF)/ESO/Divulgação
O telescópio Hubble registrou a "fuga" de uma estrela a mais de 400 mil km/h (o suficiente para ir e voltar à Lua em duas horas). Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), este é o caso mais extremo de uma estrela supermassiva que foi "expulsa de casa" por um grupo de "irmãs fortes".
Segundo a agência, a investigação dos cientistas indica que a estrela fujona estava a uma distância de 375 anos-luz de sua casa, um gigante grupo estelar chamado de R136, no momento em que foi registrada. Na imagem, ela aparece nos arredores da nebulosa Doradus 30 (também conhecida como nebulosa Tarântula), uma região na formação estelar na Grande Nuvem de Magalhães - uma galáxia próxima à nossa.
Segundo os cientistas, é a primeira vez que se observa diretamente esse processo - que já havia sido teorizado - em uma área desse tipo. Anteriormente só foram observadas "fugas" de estrelas, mas muito menores e em grupo pequeno, o da nebulosa de Órion, além de os registros terem ocorrido há cerca de 50 anos.
Ainda de acordo com a ESA, existem duas formas conhecidas de ocorrer esse fenômeno: a estrela pode encontrar uma ou duas irmãs mais fortes em uma densa do agrupamento e ser jogada para fora, de forma parecida com a que ocorre em um jogo de pinball. A outra maneira é ela ser "chutada" durante a explosão de supernovas. Contudo, os astrônomos não acreditam na segunda possibilidade no caso do agrupamento R136, já que ele é novo demais e as estrelas mais massivas ainda não explodiram como supernovas.
- Redação Terra
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