sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Humano de 400.000 anos em Israel

Mestre Edu Dallarte

Hipótese polémica levanta muitas dúvidas na comunidade científica

Avi Gopher é o director das escavações em Qesem
Avi Gopher é o director das escavações em Qesem

Num artigo publicado no «American Journal of Physical Anthropology», uma equipa de arqueólogos e antropólogos israelitas defende a hipótese de ter encontrado a mais antiga prova da existência do Homo sapiens (arcaico) – dentes humanos com 400 mil anos. Esta hipótese polémica, que a confirmar-se alteraria as actuais teorias sobre a origem do homem moderno, está já a ser criticada por outros investigadores.

A equipa da Universidade de Telavive faz, desde 2004, escavações na gruta de Qesem, no centro de Israel. Os investigadores afirmam que os dentes agora encontrados são idênticos a outros vestígios de Homo sapiens encontrados no país, nomeadamente os das grutas de Qafzeh, perto da cidade de Nazaré, que têm, aproximadamente, entre 80 mil e 120 mil anos.
A teoria aceite actualmente pela comunidade científica é que o humano moderno apareceu em África há 200 mil anos e daí partiu para colonizar outros continentes. Por isso, a afirmação de que os dentes podem ser de um Homo sapiens, provocam muitas dúvidas.

Paul Mellars, especialista em Arqueologia da Universidade de Cambridge, afirmou à Associated Press, citada pela Agência Lusa, que o estudo é respeitável e que a descoberta é importante porque são raros os vestígios deste período crítico, mas sublinhou que é prematuro afirmar que têm origem humana. Na sua opinião, os dentes são indicadores pouco fiáveis e as análises de restos de crânios permitiriam identificar com mais certeza a espécie encontrada na gruta de Qesem.

Com base nas provas que apresentaram, é uma possibilidade ténue e francamente remota, disse Mellars, que considera que estes vestígios estão provavelmente relacionados com os Neandertais. No artigo, a equipa liderada por Avi Gopher afirma que os dentes não têm características Neandertais, apesar de alguns traços sugerirem afinidades com membros da linhagem evolutiva daquela espécie. No entanto, têm mais semelhança com os vestígios dentários encontrados em Qafzeh.

A equipa examinou os dentes com raios X e TAC, datando-os de acordo com os estratos de terra onde foram encontrados. Avi Gopher sublinhou que é necessário aprofundar a investigação para confirmar a hipótese. Se se confirmar que estes vestígios estão relacionados com os antepassados do homem moderno, pode significar que este surgiu naquela zona geográfica e não em África, tendo assim de se fazer uma revisão da história das origens do Homem.

Artigo: Middle pleistocene dental remains from Qesem Cave (Israel)

fonte

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajpa.21446/abstract

Um comentário:

  1. incrivel esta raça humana. nao esta na biblia o jardim do eden? nao seria nesta regiao? ora quem é o homem para determinar a origem do homem aqui e acola? coitado de quem foi a escola entre ano 2005 para baixo, tudo que aprendeu esta errado devido cretinisse da igreja em esconder tudo, museus a guardar tudo e cederem umas horas ou um minusculo pedaço para analise e assim nao se descobre nada. nao seria estes os inimigos? sim de certeza.

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