quarta-feira, 30 de março de 2011

Radioatividade chegou ao Açores

EDU DALLARTE

Quem escapará?

Açores atingidos por radioactividade do Japão


Partículas de gás «Xenon 133», resultantes da central nuclear de Fukushima, no Japão, foram detectadas nos Açores, afirmou o investigador universitário Félix Rodrigues, adiantando que os «vestígios mínimos» encontrados não causam perigo para a saúde.

«Pelo estudo de modelação efectuado à coluna de ar da atmosfera, idêntico ao realizado pela maioria dos países, podemos concluir que a maioria das partículas atinge particularmente os EUA e o Canadá, estando os Açores numa situação razoável», acrescentou este especialista da Universidade dos Açores, citado pela Lusa.

Félix Rodrigues salientou que «a modelação baseou-se nos dados disponibilizados pelos EUA e Europa do Norte», que indicam ter sido o «Xenon 131» o primeiro a chegar, mas sem consequências para a saúde, porque «as quantidades são mínimas e desfazem-se em meia dúzia de dias».

Mais perigosos são o «Césio 137» e o «Estrôncio 90», que se «depositam no solo e cuja radioactividade só se reduz a metade passados trinta anos».

O investigador frisou, no entanto, que «a modelação efectuada a uma altitude de 2.500 metros indica que está a chegar (o Césio 137) em pequenas quantidades e não aponta para que venha a descer para o solo».

Félix Rodrigues adiantou que, «quando se analisam os dados a uma altitude de 5.000 metros percebemos que, neste momento, esses elementos estão a atingir a Península Ibérica e, de uma forma geral, a Europa».

O transporte das matérias radioactivas, de acordo com o investigador, faz-se sobretudo através das correntes de jacto (jet stream) na estratosfera, movendo as massas de ar em altitude de oeste para leste.

Governo nega

O secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, assegurou à Lusa que não há qualquer alteração nos valores de radioactividade no arquipélago dos Açores.

«Não há alterações, nem é expectável que venha a haver, dada a distância a que os Açores se encontram do Japão», frisou Álamo Meneses.


http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/acores-japao-radioactividade-fukushima-tvi24/1242713-4071.html

Sempre atento:

Nenhum comentário:

Postar um comentário