Os participantes da conferência sobre o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares, que decorre em Nova York, falham em chegar a um acordo final, declarou aos jornalistas Mikhail Ulyanov, chefe do departamento para questões de não proliferação e controle de armamentos do Ministério das Relações Exteriores russo.
Como exemplo dos fatores negativos ele referiu as ações dos EUA na área da defesa antimíssil Prompt Global Strike, o recuso de negociar a proibição da instalação de armas no espaço bem como ratificação do Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares. Ele também recordou "o sério desequilíbrio de armas convencionais existente na Europa."
“Para nós as ações dos EUA criam fatores contraditórios que, dadas certas circunstâncias, poderão levar ao reforço (do potencial nuclear – Ed.). Pelo menos, não podemos excluir essa possibilidade. Mas nós ainda não planejamos fazer isso."
Mikhail Ulyanov declarou que as tendências negativas que minam a estabilidade estratégica estão ganhando popularidade no mundo:
“No mundo estão ganhando força tendências negativas que minam a estabilidade estratégica e, portanto, as perspetivas para o desarmamento nuclear. E todos os fatores negativos não vêm de nós. Eles vêm dos Estados Unidos.”
O diplomata russo comentou a possibilidade de reforçar o potencial nuclear russo:
Ele notou que desde a última conferência em 2010 o número de ogivas nucleares na Rússia diminuiu mais de metade, de quase 4 mil até um pouco mais de 1,5 mil:
“Cinco anos depois, temos 1.582 unidades. O corte é duas vezes e meia.”
Em 2010, a Rússia e os Estados Unidos assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START-III), que determinou a redução do número de armas nucleares estratégicas para níveis só vistos na primeira década da era nuclear.
Segundo Ulyanov, o processo de redução das armas estratégicas existentes deve terminar em 5 de fevereiro de 2018.
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