sábado, 31 de outubro de 2009

ENTENDENDO O CONFRONTO NO PAQUISTÃO

Afeganistão: O quê é que se passa, afinal?

29.10.2009Fonte:
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Páginas: 123

Fontes da PRAVDA.Ru em Paquistão constatam que as forças militares dos E.U.A. estão retirando dos postos fronteiriços entre Afeganistão e Paquistão, enquanto o exército paquistanês ao mesmo tempo lança uma grande ofensiva contra os Taliban. É para permitir que os Taliban escapem, movendo-se livremente, o objetivo escondido sendo o enfraquecimento do Estado paquistanês? Se não for, parece.


Para responder a esta pergunta, muitas verdades precisam de ser ditas primeiro. Muhammad Omar, líder de Taliban, declarou em uma entrevista com o jornal paquistanês Dawn em 1998 – portanto três anos antes do 9/11 – que os EUA tinham oferecido ao seu governo 5 bilhões de dólares para permitir a construção de um gasoduto através de Afeganistão. Recordemos, quem criou os Taliban originalmente? (Os Mujaheddin foram ajudados, armados, equipados e incentivados pela CIA para lutar contra as forças soviéticas e depois se transformaram no movimento dos Taliban).

Muhammad Omar disse que não, e de repente os americanos tornaram-se interessadíssimos, em Afeganistão, aparentemente porque estava transformando-se num estado islâmico fundamentalista (mas quem lançou esse movimento “islamista”?) e os jornais ocidentais começaram uma campanha de demonologia contra o governo dos Taliban, reivindicando que eles negaram direitos humanos básicos às mulheres. Ou foi o motivo real o referido gasoduto? A lembrar, o governo soviético enviou as suas forças para ajudar o regime socialmente progressivo no Afeganistão, onde as mulheres tinham plenos direitos, onde havia educação universal e na altura, a resposta do Ocidente foi destruir a paz social com os Mujaheddin. Parece então que os direitos humanos não figuram entre as suas prioridades.

De facto, diz Mohammed Qasir, um sociólogo paquistanês “o que os jornais ocidentais disseram não era a mesma verdade que se via no terreno em Afeganistão. As mulheres estavam participando em todas as partes da vida em que sua participação era necessária, incluindo como médicas, todas as áreas exceto na defesa. Certo, não havia nenhuma co-educação, como também não havia nem há em outros países… mas havia educação e um sistema de instrução. E a história que os Taliban não permitiram às mulheres saírem das suas casas é um absurdo. Essa foi um apelo feito somente por algumas semanas em que tomaram Kabul e pediram que as mulheres e as crianças permanecessem em casa até que a cidade ficar segura.”

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