quinta-feira, 22 de abril de 2010

Krakatoa

Enviada por Edu, o mestre






VULCÃO KRAKATOA

Indonésia

POR: FERNANDO KITZINGER DANNEMANN


Situada no centro do estreito de Sonsa, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, a ilha vulcânica de Krakatoa quase desapareceu do mapa entre 26 e 28 de agosto de 1883, em virtude de uma erupção considerada como a mais violenta dos tempos modernos. Ao verificar-se o fenômeno, seu ponto mais alto, o monte Perbuwatan, explodiu e provocou no mar um enorme vagalhão que matou, por onde passou, cerca de 35.000 pessoas, aproximadamente. As cinzas, a poeira e a fumaça que provocou, subiram, segundo se afirma, a mais de 27 quilômetros, e o barulho da explosão chegou a Constantinopla, na Turquia, Austrália, Filipinas e Japão. Além disso, os efeitos atmosféricos da catástrofe, circundando o globo durante vários meses, provocaram estranhas transformações ao nascer e pôr do Sol.

A tragédia serviu de tema para o livro “O Dia em que o Mundo Explodiu”, do geólogo e escritor inglês Simon Winchetster, avaliado pelo The New York Times Book Review “como uma dos melhores livros jamais escritos sobre a história e o significado de um grande desastre natural”. Comentando a violenta erupção da ilha vulcânica, diz a publicação que “outros vulcões já haviam explodido antes, e outros explodiriam no futuro, mas a erupção do Krakatoa teve uma dimensão inédita e até hoje não igualada. A explosão não destruiu apenas a montanha que formava o vulcão: ela riscou do mapa a própria ilha onde a montanha estava situada. Não por acaso, o nome Krakatoa tornou-se sinônimo de catástrofe”.

Prosseguindo, explica o The New York Times Book que: “A explosão foi devastadora. Seus efeitos foram sentidos na França. Os barômetros de Bogotá e Washington enlouqueceram. Corpos foram dar na costa da África. O estrondo foi ouvido na Austrália e na Índia. Gigantescas ondas provocadas pela explosão, os tsumanis, foram responsáveis pela morte de dezenas de milhares de pessoas. A atmosfera da Terra encheu-se de poeira durante anos, fazendo a temperatura cair subitamente e transformando os crepúsculos em fantásticos e inquietantes espetáculos de luz”.

A Indonésia possui em torno de 17.000 ilhas, algumas habitadas e outras não, localizadas numa zona de convergência de duas placas tectônicas, subdivisões da crosta terrestre que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto, a camada que fica abaixo da crosta terrestre, prolongando-se em profundidade até ao limite exterior do núcleo, região mais profunda da Terra, que se inicia além dos 2.900 quilômetros abaixo da superfície. O choque entre essas placas pode ativar qualquer um dos 130 vulcões existentes na região, e quando isso acontece, milhões de toneladas de material vulcânico são lançados ao ar.

No arquipélago indonésio existem centenas de picos surgidos no passado geológico remoto. Um dia, em tempos pré-históricos, o cone original da ilha fragmentou-se em pleno processo eruptivo, dando origem a um novo monte, o Rakata, ao sul da cratera original, e posteriormente a mais dois, ao norte, o Perbuwatan e o Danan, que formaram a ilha de Krakatoa. Em 1680, após séculos de adormecimento, o Perbuwatan acordou por instantes, destruindo nesse seu despertar furioso toda a vegetação da ilha, mas voltou a dormir logo depois, e assim ficou durante dois séculos de completa inatividade. Até despertar novamente em 20 de maio de 1883, quando passou a gerar erupções médias durante os meses de maio, junho e julho, perdendo nesse período grande parte do cume de sua cratera e alargando o local da erupção, inclusive abrindo novas fendas próximas ao monte Danan.

No dia 26 de agosto de 1883, às 12;53h, o Krakatoa iniciou uma erupção que duraria até a noite do dia seguinte. O som ensurdecedor de sua primeira explosão foi secundado por uma nuvem negra que subiu acima dos 25 quilômetros, alargando-se para o nordeste, ao mesmo tempo em que cinza ardente e pedra-pomes eram lançadas para o ar, acompanhados de fluxos piroclásticos (corpos fluidos compostos de gás quente – numa temperatura entre 100/800 braus Celsius - e piroclastos - cinza e pedra - que podem viajar com velocidade de até 160km por hora, deslocando-se rente ao solo, acompanhando as irregularidades do relevo) que chegaram a medir 2,5 de largura, sobre uma área de tamanho maior que a França. No dia imediato mais quatro erupções precederam outra violenta explosão (sete mil vezes mais potente que a bomba atômica de Hiroshima) que quase destruiu a ilha, afundando dois terços dela na câmara magmática e formando uma caldeira submarina.

A força da explosão provocou diversos tsunamis, alguns com até 40 metros de altura, que destruíram, ou danificaram seriamente, cerca de 300 aldeias nas ilhas costeiras do estreito de Suma, afundando ou provocando severos estragos em 6.500 embarcações. Segundo os relatos da época, a água retrocedia depois de cada vaga, no que aparentava ser uma bem-vinda calmaria, mas logo depois uma onda ainda maior submergia completamente as ilhas próximas à sua passagem. Os tsunamis provocaram o maior número de mortes (oficialmente, cerca de 36.417 vítimas) durante a erupção do Kracatoa, estimando-se, porém, que cerca de dez por cento do total de óbitos durante o sinistro deva ser atribuído à queda do material vulcânico, ocorrida em quantidade tão grande que no estreito de Sonda os detritos pareciam formar um terreno sólido, dificultando a chegada dos navios de ajuda às localidades necessitadas de socorro.. Nos meses seguintes, essa grossa camada de pedra-pomes ao poucos foi sendo levada pelas marés altas e tempestades rumo ao mar de Java e oceano Pacífico, onde finalmente se dispersaram.

Em 29 de dezembro de 1927, após 44 anos de inatividade do Krakatoa, se teve notícia de que vapor e detritos saíam do mar acima da caldeira submersa. Um mês depois, em 26 de janeiro, um pequeno cone aflorou à superfície, que continuou crescendo até se transformar, um ano depois, em uma ilha que logo ganhou o nome de Anak Krakatoa, cujo significado é “filho de Krakatoa”. Desde essa época as erupções do novo vulcão (na ilustração deste têxto) acontecem anualmente, mas embora elas não sejam perigosas para as ilhas situadas a pequena e até media distância, constituem uma constante lembrança da tragédia ocorrida em 1883...

Os analistas sustentam que a explosão do Krakatoa fortaleceu o misticismo e a religiosidade das populações atingidas, originando, inclusive, o movimento que culminou, em 1949, com a independência da Indonésia, até então uma colônia holandesa.


FONTE: CRÉDITOS DE - FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

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Krakatao


No dia 27 de Agosto de 1883, a Ilha de Krakatoa, localizada no estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, desapareceu quando o vulcão Krakatoa, do monte Perboewatan, supostamente extinto, entrou em erupção. A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de mais de 36 mil mortos. Sua explosão atirou pedras a aproximadamente 27 km de altitude e o som da grande última explosão foi ouvida a aproximadamente 5.000 km, na ilha de Rodriguez, tendo os habitantes ficado surpreendidos com o estrondo! Os barômetros de Bogotá e Washington enlouqueceram. O barulho chegou também até Constantinopla, na Turquia, Austrália, Filipinas e Japão.

Acredita-se que o som da última grande explosão foi o mais alto já ouvido na face da terra e reverberou pelo planeta ao longo de nove dias. Todos os que se encontravam em um raio de 15 km do vulcão tiveram seus tímpanos rompidos.

Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol por aproximadamente 18 meses e levando até anos para voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas.

Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.
É considerada a erupção vulcânica mais violenta dos tempos modernos, tornando Krakatoa, sinônimo de destruição e catástrofe.

A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase 2 mil metros de altitude, mas após a erupção, a ilha foi riscada do mapa tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.

Atualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau (Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de 800 metros de altura, sendo que a cada ano aumenta cinco metros aproximadamente, podendo haver mudanças[1].

Efeitos

Provavelmente, a tsunami mais destrutiva registrada na história originou-se da explosão do vulcão Krakatoa, em uma série de quatro explosões que espalharam cinzas pelo mundo e geraram uma onda sentida nos oceanos Atlântico e Pacífico.

O escritor Simon Winchester descreveu o evento como "O dia em que o mundo explodiu". Livros de história contam como uma série de grandes ondas tsunami, algumas com alturas de quase 40 metros acima do nível do mar, matou mais de 36 mil pessoas em cidades e aldeias costeiras ao longo do estreito de Sunda.

A maioria das vítimas foi morta pela tsunami e não pela erupção que destruiu dois terços da ilha. Ondas tsunami geradas pela erupção foram observadas em todo o oceano Índico, no Pacífico, na costa oeste dos EUA, na América do Sul e até no canal da Mancha. Elas destruíram tudo em seu caminho e levaram para a costa blocos de corais de até 600 toneladas. Um navio de guerra na área foi arrastado por três quilômetros terra a dentro e depositado numa montanha. De acordo com Winchester, corpos apareceram em Zanzibar e o som da destruição da ilha foi ouvido na Austrália e na Índia.

As ondas da tsunami foram sentidas em Liverpool, na Inglaterra; alguns territórios africanos e também nas partes do Canadá, sem muitos desabamentos.

Futuro de Anak Krakatoa

Cientistas afirmam que a nova formação (Vulcão) Anak Krakatoa pode ser ainda muito mais poderoso que o antigo Krakatoa. Com a antiga explosão, os três montes foram transformados em um só, criando uma caldeira que chega a 50 km subterrâneos. Um gigantesco depósito de lava.

Acredita-se que se Anak Krakatoa atingir altura próxima a de seu pai e uma nova grande erupção daquela dimensão acontecer, parte da população mundial e grande parte de toda a fauna e flora poderia morrer.

Anak Krakatoa é um vulcão extremamente ativo e quase sempre é colocado em estado de alerta nível 2 (pode ocorrer erupção nas próximas 2 semanas).

Os cientistas não sabem afirmar quando ele vai entrar em erupção crítica, mas já disseram que vai acontecer.

Referências



O Supervulcão


No noroeste dos Estados Unidos existe um vulcão, que dificilmente é reconhecível como tal simplesmente devido ao seu tamanho descomunal. Se esse monstro despertasse, toda a humanidade seria afetada. Ficção científica? Não. Pesquisadores já registram sinais preocupantes


Por Ute Eberle



NA ERUPÇÃO DO MONTE SANTA HELENA, nos EUA, em 1980, 1 Km3 de cinzas e lava explodiram montanha afora: cinco pontos na escala de intensidade. E, em 1883, quando o Krakatoa, ao sul da ilha de Sumatra, na Indonésia, voou pelos ares, cuspindo 20 Km3 de detritos do interior da Terra, ocorreu uma rara erupção de classe seis. Foram registradas 36 mil mortes. Mas isso é apenas um centésimo do potencial de uma supererupção.

De acordo com a definição mais corrente, uma explosão com a magnitude de uma uma supererupção lançaria pelos ares pelo menos 1000 km3 de material de uma só vez, atingindo uma intensidade de classe oito.E isso ocorre quando, bem perto da superfície, há um acúmulo de magma viscoso enriquecido com gases em quantidade excepcional.


Mas o que uma supererupção provocaria hoje?

Se o vulcão embaixo de Yellowstone explodisse novamente com a mesma fúria de há 2,1 milhões de anos, é provável que poucas pessoas, em um raio de 100 km da cratera, sobrevivessem. Até carros seriam lerdos demais para escapar da velocidade dos rios piroclásticos, de até 400
km/h.

A uma distância de 200 km, ainda choveria cinzas, em precipitação tão espessa quanto a de uma nevasca. O céu escureceria de tal maneira que durante dias, ou até semanas, a região ficaria mergulhada em noite ou penumbra, inclusive ao meio-dia. As cinzas bloqueariam os
encanamentos sanitários, os celulares não funcionariam mais, e todos os geradores ficariam selados, como colados. Muitos rios deixariam de fluir, entupidos com lama de cinzas.

E a 300 km de distância, a camada de cinzas ainda chegaria à altura dos joelhos, as casas correriam risco de desabar na próxima chuva devido ao peso da mistura de água com cinzas sobre seus telhados. O material lançado durante a erupção vulcânica cobriria os campos e as
lavouras das Grandes Planícies, o celeiro dos EUA. Animais domésticos morreriam; e, desprovidos da adequada proteção respiratória, incontáveis seres humanos também.

O inverno vulcânico duraria vários anos, e arruinaria colheitas em países distantes. A consequência disso seria a fome em proporções mundiais. Direta ou indiretamente, mais de um bilhão de pessoas poderia morrer em uma supererupção, presumem pesquisadores e analistas de
catástrofes.


Geólogos já encontraram vulcões com potencial eruptivo de 1000 km3 na Argentina, no Chile, no Iêmen e na Nova Zelândia, entre outros.
Porém nenhum na Europa. Nem os campos inflamáveis perto de Nápoles, na Itália, têm o potencial para uma erupção de classe oito.

O maior supervulcão descoberto por pesquisadores até agora, e o único com potencial eruptivo de classe nove, fica no sudoeste do Estado do Colorado, EUA. Depósitos de cinzas evidenciam que, há cerca de 28 milhões de anos, 5.000 km3 de magma voaram pelos ares, diretamente da
Caldeira La Garita, duas vezes mais que na mais violenta explosão da montanha de fogo de Yellowstone.

Muitos desses vulcões estão ativos até hoje, mas felizmente as supererupções são raras. Segundo cálculos recentes da Sociedade Geológica de Londres, o mundo só tem de contar com uma catástrofe natural desse gênero a cada 100 mil anos. Por outro lado, essa probabilidade mantém-se cinco vezes maior que o impacto de um gigantesco meteorito, que ameaçaria toda a civilização.

"A longo prazo, uma supererupção é inevitável escrevem os geólogos, ela pode acontecer em 10
mil anos, ou amanhã, e, no pior caso, ameaçará toda a nossa espécie".


O ser humano não tem como impedir um cataclismo desses. Nem ao menos é certo que possamos prever uma supererupção de forma precisa. Será que o vulcão tremeria e se deformaria durante meses antes de uma explosão, como muitos geólogos acreditam? Ou tudo aconteceria tão rápido
que não seria possível tomar nenhuma medida preventiva, como a evacuação de uma vasta área?

Ao menos em Yellowstone a situação parece ter se acalmado novamente, por enquanto. Depois de 813 consideráveis abalos sísmicos, no início de janeiro de 2009 o vulcão silenciou seus rugidos. Agora ele voltou a estremecer normalmente. O gigante adormeceu.O que ninguém sabe é por quanto tempo.


FONTE: MENSAGEM ENVIADA POR E-MAIL

Um comentário:

  1. A BESTA E O FALSO PROFETA SERÃO LANÇADOS VIVOS DENTRO DO LAGO E ENXOFRE MAIS UMA PROFECIA DE APOCALIPSE QUE EM BREVE SE CUMPRIRÁ.

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